Há sempre um instante onde não é possível avançar sem uma parada breve, uma análise necessariamente mais ampla sobre qual caminho seguir. Surgem alguns questionamentos e é bom que eles comecem a partir de você mesmo, tipo:
Sou capaz de arcar com as consequências de minha escolha? É o que realmente me fará feliz, ou menos triste? Devo abandonar alguns hábitos? O que espero dos outros?
Essa é uma microscopia idéia de questionamentos, sendo que inúmeras perguntas vão surgindo uma após outra. O que gera tudo isso é o medo do desconhecido porque de verdade não podemos saber o que realmente irá acontecer quando dobrarmos à esquina após a decisão tomada. Ansiedade provocada pelo desejo de aprovação e aceitação pelos que nos cercam. Insegurança, pois cada escolha, cada ação gera uma reação e se esta não for a esperada? Bem, fato é que muitos outros sentimentos nos assolam, dependendo do grau de importância da decisão.
Essa dinâmica acompanha todo aquele que não fica inerte à própria vida, como um expectador de si mesmo, mas participante ativo e responsável pela própria vida. As coisas não acontecem simplesmente e mesmo aquele que escolhe nada escolher sofre os resultados,bons ou não.
Dores na alma nos acompanham sempre, não é um bicho de sete cabeças, apenas doem, eu particularmente prefiro não sentir dor alguma e tento escapar delas, mas devo admitir que não se foge com sucesso delas, podemos até entorpecer, mas logo a realidade volta e junto com ela as dores, os questionamentos, as dúvidas, o medo e uma enorme vontade de isolamento. Cada um tem seu tempo. Uns encaram, outros ignoram. Eu mergulho de cabeça, querendo decifrar coisas insondáveis. Até que de volta à tona, à superfície, eu respiro e vejo com clareza e sem alardes o melhor caminho a seguir. Não dá pra acertar sempre. Também tenho dificuldades em lidar com perdas, fere o ego e esmaga o orgulho.
- Quanta evolução garota!
É o que digo neste exato momento a mim, pois não dá pra acertar sempre e espero sempre respeitar a mim na condição de ser humana.
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