15/05/2013

Sou aquela

Eu sou aquela que você rejeitou, nem se quer amou
Sou aquela sobre a qual você faz piada
Esnobou meus sentimentos
Meus anseios são para ti qualquer coisa assim como o nada
Minhas expectativas foram frustradas e anuladas por ti

Coisas jamais preencheram o vazio que precisava de atenção
Carinho demonstrado em palavras de carinho, incentivo, aprovação
Beijos perdidos, oportunidades de ser feliz passaram em branco
Lacunas foram se acumulando entre o que era pra ser e nunca foi

Sou aquela que você diz que amou, de conforto me cercou
Seu coração permaneceu longe, sem emoção, sem paixão
Sem essas coisas toscas que faz prosseguir todo bom encontro
Não tem problema, sigo em frente apesar de toda a dor

Minha força vem de dentro de mim e de saber quem sou e para onde vou
Lamento ver-te fortalecendo-se nas palavras que você gosta de ouvir mesmo que não sejam as mais nobres
Lamento ver sua atitude, seus lamentos, seu consolo em ombros sequestrados por sua dor
Entendo que sua dor impeça você de ver a realidade que causaram os efeitos

Eu sou aquela que de tão diferente está partindo
Sou aquela pessoinha feliz consigo mesmo, que precisa de espaço e de um grande amor
De amigos e de uma vida com sabor
Sim, tudo isso é tão enfadonho e ridículo pra você

Não vou mais me podar e nem você se preocupar
Em dar o que você não tem
Pois sou aquela
Aquela


Um comentário:

Anônimo disse...

Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela. Você nunca será minha e por isso terei você para sempre.
Paulo Coelho

Alguns acham que edificando muralhas em volta protegerá, guardará, no entanto, poderá estar aprisionando, sufocando, limitando.

Ficamos maravilhados com as cores, a habilidade, a simplicidade e ao mesmo tempo complexa beleza de uma arara na vitrine de uma jaula do zoológico. Mas do ponto de vista da Arara, ela se maravilha com a liberdade que vê pela vitrine, mas morre calada no seu coração a impotência de não usufruir.

Quem ama não se satisfaz com o TER, sofre as armadilhas do PODER e sonha com os mistérios do SER.

Abre as asas no desejo de voar, chora a corrente posta ao pé limitando o sonho, a visão, o desejo, ao comprimento tão minusculo do egoísmo.

"Abre tuas asas gaivota linda, teu voo está próximo, tua liberdade chegará"