Escrito por mairocas em outubro 28th, 2009 em Letras
A futilidade encarrega-se de maestra-los.
São inóspitos.
Nocivos.
Poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia
o veneno se refugia no espelho do armário – lembrou um deles.
o ninho deve estar infectado! – lembrou outro.
Antes do sono: o beijo de boa noite.
Antes da insônia: a benção.
Arriscam a partilha do tecido que nunca se dissipa: a família.
São soníferos…
Chagas sem curas.
Não reproduzem. são inférteis, infiéis, infertebrados.
Arrancam as cabeças de suas fêmeas.
cortam os troncos
Urinam nos rios
E na soma dos desagravos, greves e desapegos,
esquecem-se de si.
Pontuam-se.
A cria que se crie!
A dona que se dane!
Os insetos interiores proliferam-se assim… na morte e na merda.
Seus sintomas?
Um calor gélido e ansiado na boca do estomago
a sensação de… ? O que é mesmo que se passa?
Um certo estado de humilhação conformado parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada que romper
com as correntes de preguiça e mal dizer
Silenciam-se no holocausto da subserviência,
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim…
Descompromissados com o próprio rumo,
desprovidos de caráter e coragem
desatentos ao próprio tesouro…
Caem.
Desacordam todos os dias
não mensuram suas perdas e imposturas!
Não almejam.
Não alma.
Já não mais amor.
Assim são:
Os insetos interiores
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