“Eu dei o meu melhor, não foi muito
Não senti, então tentei tocar Eu disse a verdade, não vim enganar você
Mas mesmo assim Deu tudo errado
Eu estou na frente do Senhor da Música
Sem nada pra dizer, apenas Aleluia!”
“Eu dei o meu melhor, não foi muito
Não senti, então tentei tocar Eu disse a verdade, não vim enganar você
Mas mesmo assim Deu tudo errado
Eu estou na frente do Senhor da Música
Sem nada pra dizer, apenas Aleluia!”
"Mas, que amo eu, quando te amo? Não amo a beleza do corpo, nem o esplendor fugaz, nem a claridade da luz, tão cara a estes meus olhos, nem as doces melodias das mais diversas canções, nem a fragrância de flores, de ungüentos e de aromas, nem o maná, nem o mel, nem os membros tão afeitos aos amplexos da carne. Nada disto amo quando amo o meu Deus.
E, contudo, amo uma luz, uma voz, um perfume, um alimento, um abraço de meu homem interior, onde brilha para minha alma uma luz sem limites, onde ressoam melodias que o tempo não arrebata, onde exalam perfumes que o vento não dissipa, onde se provam iguarias que o apetite não diminui, onde se sentem abraços que a saciedade não desfaz. Eis o que amo quando amo o meu Deus!"
‘O corpo, devido ao peso, tende para o lugar que lhe é próprio, porque o peso não só tende para baixo, mas também para o lugar que lhe é próprio. Assim o fogo encaminha-se para cima, e a pedra para baixo. O azeite derramado sobre a água aflora à superfície; a água vertida sobre o azeite submerge-se debaixo deste: movem-se segundo o seu peso e dirigem-se para o lugar que lhes compete. As coisas que não estão no próprio lugar agitam-se, mas quando o encontram, ordenam-se e repousam.
O meu amor é o meu peso. Para qualquer parte que vá, é ele quem me leva. O vosso Dom inflama-nos e arrebata-nos para o alto. Ardemos e partimos. Fazemos canções no coração e cantamos o “cântico dos degraus”. É o vosso fogo, o vosso fogo benfazejo que nos consome enquanto vamos e subimos para a paz da Jerusalém celeste. “Regozijei-me com aquilo que me disseram: Iremos para a casa do Senhor”. Lá nos colocará a “boa vontade”, para que nada mais desejemos senão permanecer ali eternamente.’
(trechos extraídos de Confissões, livro de Santo Agostinho)
Bem, se você acredita que tenho a definição exata então pare, pare e para já! Não, eu não tenho a definição e foi pensando em minha própria vivencia que há tempos fico a fazer essa indagação.
Eu não sei, além do que percebo que meus conceitos sofreram alterações, não por não ser constante ou ser volúvel, não é isso, é que os tempos mudam, as situações também, não podemos ser rígidos com as pessoas nem conosco mesmos, devemos ser complacentes e benevolentes.
O que sei e o que quero de fato dizer é que é bom estarmos juntos tudo o que construimos até aqui foi bom, o que não significa dizer que foi fácil. Talvez não me importe mais com a definição, posto que os planos futuros são legais, que me agrada e isso basta. O dia a dia com gosto de paz é bom.
Minha vida é cheia de amores nunca experimentados, construí um jardim que só é visitado por mim. Meu mundo era pra possuir mais habitantes, contudo raras pessoas se interessam por ele, onde SER é a voz de comando e TER não cabe aqui. Aprecie o que é BELO, fique em silêncio, segure minha mão, mergulhe em si, respire fundo e olhe além. A vida é uma trajetória. Olhe em volta e me responda:
Quem é o bandido?
Quem é o mocinho?
O fato é que não conhecemos a nós mesmos e olhamos em volta e rotulamos tudo.
Eu não fazia idéia do quando dói crescer e ser responsável por si e seus atos… eu não fazia idéia!
“Fazes alguma idéia de quantas vidas teremos de viver antes de compreendermos que há coisas mais importantes do que comer, lutar, ou disputar o poder no Bando?
Mil vidas, Fernão, dez mil vidas!
E, depois, mais cem vidas até começarmos a aprender que a perfeição existe, e outras cem para constatar que o nosso objetivo na vida é conseguir a perfeição e pô-la em prática.
As mesmas regras se aplicam, agora a nós:
escolhemos o nosso mundo através do que aprendemos neste.
Se não aprendermos nada, então o próximo mundo será igual a este, com as mesmas limitações e obstáculos a vencer”
Trecho do livro Fernão Capelo Gaivota – Richard Bach.
Isso me acompanha há anos, prefiro crer que o próximo mundo é a próxima oportunidade, a próxima experiência na mesma vida, só mudam os rostos, os endereços.
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“Os deuses são deuses
Porque não se pensam.”
O ser humano é um ser louco..
ainda bem que Deus é Deus...
ainda bem que posso confiar nele..
meus sentimentos são distorcidos...
loucos..
efêmeros..
não sei escolher...
Sempre amei a vida
agora..
agora..
sou apunhalada
ferida
vítima de mim, da vida...
sou uma tola..
uma criança..
busquei maturidade
agora veja você
o que você vê...?
nada..
não pode dizer nada
eu continuo...
Tendo que me suportar todos os dias...
nem sei o que sou..nem quem sou...
poxa..
tantos anos já...
sou uma menina...
deveria ter aprendido..
devia ter seguindo as instruções...
o manual..
mas o que fiz?
o que fiz?
pés pelas mãos?
o que fiz?
escolhas erradas?
o que fiz?
me enganei ou me deixei enganar?
o que eu queria de fato?
brincar?
viver?
o que eu queria?
quanta dor meu amigo..
quanta dor..
quanta incerteza
quanta agonia..
quanta vontade de fugir...
eu..
eu sempre me dizia não ser expectadora de mim
agora...
estou acuada
com medo de tudo..
de tudo..
de mim
Desde minha adolescência..eu voava
na velocidade perfeita..
fechar os olhos e estava lá..
onde queria...
um dia..
isso passou a não me bastar...
mas a realidade, o hoje..também passa
e fica na lembrança
e a lembrança é tal qual a velocidade perfeita..
não é mais palpável..
não tem mais cheiro..
nem gosto..
deixa de ser?
não..não deixa...
assim como passear pelos telhados em Vienna
assim como fechar os olhos e estar em de frente pro mar..
meus cabelos se assanham agora?
não que alguém possa perceber..agora..
tudo é só fragmentos...
claro..claro..é possível que ao próximo passo tudo passe a ser melhor do que foi..
mas mesmo assim..
eu não consigo compreender nada.
Tô chateada comigo.
“ A inconstância e a indecisão são sinais de amor egoísta de si.
Se jamais conseguimos decidir com firmeza o que Deus quer para nós, mas constantemente damos voltas mudando de opinião, de uma prática para outra, de uma devoção para outra, de um método para outro, pode ser isso uma indicação de que o que queremos é contornar a vontade de Deus e fazer a nossa com uma consciência tranqüila.
Assim que o Senhor nos coloca num mosteiro, queremos ir para outro.
Logo que experimentamos uma forma de oração, queremos tentar outra. Estamos constantemente tomando resoluções e mudando-as por contra-resoluções. Interrogamos nosso confessor e não nos lembramos das respostas. Antes de terminar um livro, iniciamos a leitura de outro e a cada livro que lemos mudamos completamente o plano de nossa vida interior.
Em breve, não teremos mais vida interior. Toda a nossa existência será um labirinto de desejos confusos, sonhos vãos e veleidades, em que nada fazemos a não ser destruir a obra da graça. Pois tudo isso é apenas um vistoso e complicado plano subconsciente de nossa natureza para resistir a Deus, Cuja atuação em nossa alma exige o sacrifício de tudo que desejamos e em que nos satisfazemos, e, em realidade, o sacrifício de tudo que somos.
Permaneçamos, portanto, quietos e deixemos o Senhor fazer algum trabalho.
É isso que significa renunciar não só aos prazeres e ao que possuímos, mas até a nós mesmos.”
New Seeds of Contemplation, de Thomas Merton
“Os anos que te antecedem, recheados de conflitos e sofrimento, serão a seu tempo recordados como o caminho que te conduziu à tua nova vida. Mas enquanto essa nova vida não te pertencer completamente, as tuas recordações continuarão a fazer-te sofrer. Quando revives acontecimentos dolorosos do passado, podes sentir-te vítima deles. Mas existe uma maneira de contares a tua história sem sentir dor e nessa altura também te sentirás menos pressionado a contá-la. Aperceber-te-ás que o teu lugar deixou de ser lá: o passado já era, o sofrimento deixou-te, já não precisas de regressar para o aliviar, já não dependes do teu passado para te identificares.
Há duas maneiras de contar a tua história. Uma consiste em contá-la de forma compulsiva e premente, regressando continuamente a ela por que encaras o teu presente sofrimento como consequência das tuas experiências passadas. Mas existe outra maneira. Podes contar a tua história de um ponto onde ela já não te domina. Podes falar dela com algum distanciamento e encará-la como caminho para a liberdade de que atualmente gozas. Verás, então, que desapareceu a compulsão de contar a tua história. De uma perspectiva de vida em que agora te encontras e com o distanciamento que agora possuis, o teu passado já não te assombra. Perdeu o peso e pode ser recordado como o modo que Deus encontrou para te ajudar a ter compaixão pelo próximo e a compreendê-lo".
Henri Nouwen
"...Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais. Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria. Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava. Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda. Já chamei pessoas próximas de amigos e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim. Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente! Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesmo, mas com certeza não serei a mesmo pra SEMPRE!"
“Minha esperança está no que os olhos nunca viram. Portanto, não me deixes confiar nas recompensas visíveis. Minha esperança está naquilo que o coração não pode sentir. Não permitais, portanto, que eu confie nos sentimentos do meu coração. Minha esperança está naquilo em que a mão do homem jamais tocou. Não permitais que eu confie naquilo que posso segurar entre os dedos. (...) Deixa que minha confiança se apóie em Tua misericórdia, e não em mim. Deixa-me colocar minha esperança em Teu amor, não na fortaleza ou na saúde ou na habilidade ou nos recursos dos homens.”
Na liberdade da solidão, Thomas Merton