27/12/2010

Observações sobre 2010

feliz_2011

Perguntei para um amigo qual foi a melhor coisa de 2010 e ele me respondeu que foi o final dele ter chegado. Bem, eu concordei! Eu sei quantas lutas travei, sei das decisões que tomei, sei das mudanças que escolhi e sei que não foi um ano fácil, foi um ano de crises profundas e crises por ter que optar, por refazer caminhos, rever conceitos, momentos de auto avaliação. E a coisa toda ainda continua, de uma forma mais branda, mas continua, existem coisas que quero descobrir em mim, embora ache muito lindo o texto de que me aceito, me perdoo, me respeito; Na verdade o sentimento que em mim habita é de vergonha, me sinto envergonhada contudo não fico me oprimindo, olho pra mim e busco me enxergar além. Consigo ver coisas antes jamais percebidas e não são virtudes. Já chorei, já tive pena de mim, já levantei os olhos e ergui a cabeça e não passei a mão na minha cabeça, reconheço minhas falhas agora elas perderam a força e há um policiamento natural, um cuidado, uma busca de fazer e ser melhor. Então o ano foi um dos melhores poderia eu dizer se não sentisse esse azedo na alma, não é fácil. Contudo sei, foi e está sendo uma obra grandiosa e por isso eu deveria estar saltando mas não estou sinto como uma criança repreendida por um mal feito, mas tudo vai ficar bem.

Feliz 2011, o ano novo cochila dentro de cada um de nós diz o poeta, a novidade toda só começa quando optamos por ela, que esse momento seja celebrado como fechamento de um ciclo e início de boas novidades pra todos nós!

Caçador de mim…sempre!

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Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim

Preso a canções

Entregue a paixões

Que nunca tiveram fim

Vou me encontrar

Longe do meu lugar

Eu, caçador de mim

Nada a temer senão o correr da luta

Nada a fazer senão esquecer o medo

Abrir o peito a força, numa procura

Fugir às armadilhas da mata escura

Longe se vai

Sonhando demais

Mas onde se chega assim

Vou descobrir

O que me faz sentir

Eu, caçador de mim

25/12/2010

Amadurecencia


A poesia prevalece!!!

O primeiro senso é a fuga.

Bom…

Na verdade é o medo.

Daí então a fuga.

Evoca-se na sombra uma inquietude

uma alteridade disfarçada…

Inquilina de todos nossos riscos…

A juventude plena e sem planos… se esvai

O parto ocorre. Parto-me.

Aborto certas convicções.

Abordo demônios e manias

Flagelo-me

Exponho cicatrizes

E acordo os meus, com muito mais cuidado.

Muito mais atenção!

E a tensão que parecia não passar,

“O ser vil que passou pra servir…

Pra discernir…”

Pra pontuar o tom.

Movimento, som

Toda terra que devo doar!

Todo voto que devo parir

Não dever ao devir

Não deixar escoar a dor!

Nunca deixar de ouvir…



com outros olhos!